Esquema Elétrico do Celta VHC 1.0 e 1.4 Multec Flex

O Chevrolet Celta, equipado com os motores VHC 1.0 e 1.4, é um dos carros mais populares da Chevrolet no Brasil, conhecido por sua mecânica simples, robustez e baixo custo de manutenção. Porém, com o tempo, certos problemas elétricos recorrentes podem afetar o desempenho do motor — principalmente no sistema de injeção eletrônica.

Neste artigo, eu trago o esquema elétrico completo do Celta VHC com sistema Multec Flex, além de um guia prático com os principais componentes que merecem atenção especial devido a falhas comuns observadas em oficina.

Esquema Elétrico do Celta VHC 1.0 / 1.4 – Sistema Multec Flex

Para facilitar o diagnóstico, abaixo está o diagrama elétrico completo do sistema de injeção eletrônica do Celta VHC. Ele mostra os principais sensores, atuadores, alimentação, aterramentos e os caminhos dos sinais elétricos até a ECU.

Imagem do esquema elétrico do sistema de injeção

Principais Componentes com Falhas Recorrentes no Celta VHC (e como testá-los)

Com base em casos comuns de oficina e análise técnica do diagrama elétrico, listamos abaixo os componentes críticos do sistema Multec que frequentemente apresentam falhas no Celta VHC.

Bobina de Ignição – Conector com Mau Contato

Um dos problemas mais frequentes está no conector da bobina, que pode apresentar:

  • Travas quebradas ou soltas;

  • Pinos oxidados ou frouxos;

  • Fios quebrando próximo à base do conector.

Sintomas: Motor falha, perde força ou desliga repentinamente. Às vezes, não há código de erro armazenado.

Como testar:

  • Verifique se há alimentação positiva (12V) no terminal da bobina com ignição ligada;

  • Meça a continuidade dos fios de sinal até a ECU;

  • Faça um teste de chicote balançando os fios com o motor ligado.

Sensor MAP (Pressão Absoluta do Coletor)

O sensor MAP é essencial para o cálculo da mistura ar-combustível. No Celta VHC, é comum que:

  • O chicote se rompa devido à vibração do motor;

  • O sensor fique obstruído com sujeira do coletor;

  • O conector apresente mal contato.

Como diagnosticar:

  • No esquema elétrico, verifique se há 5V de alimentação no fio de entrada;

  • Compare o sinal do MAP no scanner com a pressão atmosférica (motor desligado);

  • Em marcha lenta, o sinal deve variar entre 0,8 e 1,2V.

Sensor de Temperatura da Água (CTS)

Falhas neste sensor afetam o tempo de injeção e partida a frio. É um defeito muito comum e frequentemente ignorado por mecânicos iniciantes.

Problemas recorrentes:

  • Sinal incorreto enviado para a ECU;

  • Variação brusca de resistência (sensor interno danificado);

  • Conector com oxidação devido à umidade.

Como testar:

  • Com o motor frio, a resistência deve ser alta (em torno de 5 a 10kΩ);

  • A resistência deve cair gradualmente com o aumento da temperatura;

  • Verifique se há 5V de alimentação no conector.

Sonda Lambda – Atraso no Feedback da Mistura

A sonda lambda pré-catalisador do Celta VHC pode apresentar problemas como:

  • Resposta lenta (mistura sempre rica/pobre);

  • Aterramento deficiente no chicote;

  • Chicote derretido próximo ao coletor de escape.

Diagnóstico no esquema elétrico:

  • Verifique a presença de 12V na alimentação do aquecedor da sonda;

  • Confira se o sinal oscila entre 0,1V e 0,9V com o motor quente;

  • Meça a resistência do aterramento e da malha do sinal.

Aterramentos da ECU – Pontos Críticos

Um erro muito comum é ignorar os pontos de aterramento da central, que normalmente ficam próximos ao bloco do motor e no chassi do carro.

Problemas observados:

  • Fios de aterramento afrouxados após manutenção;

  • Oxidação por infiltração de água;

  • Quebra dos terminais.

Como prevenir:

  • Remova, limpe e reaplique pasta condutiva nos pontos de aterramento;

  • Verifique quais sensores compartilham o mesmo terra (curto ou mau contato em um pode afetar outro).

Dicas Extras para Diagnóstico com o Esquema Elétrico

  • Use um multímetro automotivo confiável com escala de tensão, continuidade e resistência.

  • Sempre compare os sinais com os valores ideais no scanner — não confie apenas no multímetro.

  • Faça inspeção visual no chicote próximo ao motor — o calor excessivo do coletor pode ressecar e quebrar fios com o tempo.

  • Utilize o esquema elétrico como mapa de navegação: identifique onde começa e termina cada fio antes de fazer qualquer corte ou substituição.

O esquema elétrico é uma ferramenta poderosa para diagnosticar falhas no sistema de injeção eletrônica. Com ele, é possível identificar falhas em componentes-chave como bobina de ignição, sensor MAP, sensor de temperatura e sonda lambda, que frequentemente geram sintomas confusos e intermitentes.

Dominar a leitura do esquema elétrico e conhecer os pontos fracos mais comuns do modelo é o diferencial entre um reparo rápido e um diagnóstico impreciso.

Se esse esquema foi útil para você, compartilhe com seus colegas ou com quem trabalha com reparo automotivo. E não se esqueça de acompanhar nosso blog para mais conteúdos como este! 👊


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