Se você está enfrentando dificuldades com o sistema de injeção eletrônica do Peugeot 206 com motor 1.4 8V Flex, equipado com o sistema Bosch Motronic ME 7.4.4, este artigo é para você!
A partir de 2005, esse modelo passou a utilizar um sistema de injeção mais avançado, com gerenciamento eletrônico completo do motor, sensores mais precisos e integração com a rede multiplexada do veículo. Por isso, ter em mãos um esquema elétrico completo pode fazer toda a diferença no diagnóstico e reparo.
Diagrama Elétrico do Sistema de Injeção Eletrônica – Peugeot 206 1.4 Flex
Componentes Críticos no Peugeot 206 1.4 Flex: Pontos de Atenção
Apesar de ser um carro popular e confiável, o Peugeot 206 com sistema Motronic ME 7.4.4 apresenta alguns problemas recorrentes no sistema de injeção, especialmente ligados a conectores e sensores que se deterioram com o tempo e acabam gerando dificuldades na oficina.
Veja abaixo os principais componentes que exigem atenção especial durante um diagnóstico.
Sensor de Posição do Acelerador (TPS)
O sistema ME 7.4.4 utiliza um acelerador eletrônico (Drive-by-wire). Falhas no sensor de posição do pedal (TPS) são bastante comuns.
Problemas frequentes:
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Interrupção no sinal devido a falhas internas;
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Mau contato no conector (sujeira, umidade ou pinos folgados);
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Chicote quebrado próximo ao pedal.
Sintomas:
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Motor não responde ao acelerador;
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Luz de anomalia (check engine) acesa;
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Modo de emergência (sem aceleração).
Sensor de Temperatura do Líquido de Arrefecimento (CTS)
Esse sensor informa à ECU a temperatura do motor, influenciando a mistura ar-combustível e o tempo de injeção.
Problemas comuns:
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Leituras incorretas por falha interna;
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Conector oxidado ou chicote com mau contato;
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Aterramento instável.
Dica: Com o motor frio, o valor lido no scanner deve ser próximo à temperatura ambiente. Se estiver muito fora, o sensor pode estar com defeito.
Unidade de Controle do Motor (ECU) – Motronic ME 7.4.4
A central eletrônica do 206 Flex é conhecida por apresentar falhas nos drivers internos, especialmente quando exposta à umidade ou sobrecarga elétrica.
Problemas recorrentes:
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Falha nos drivers da bobina de ignição ou injetores;
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Ausência de sinal de rotação mesmo com sensor funcional;
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Comunicação intermitente com scanner.
Cuidados:
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Verifique se a ECU está recebendo alimentação nos pinos corretos (consultar no esquema);
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Teste os sinais de aterramento;
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Nunca faça “chupeta” ou dê partida com bateria fraca — isso pode danificar a ECU.
Relé Principal de Injeção e Fusíveis
Muitos defeitos aparentemente graves se originam em relés com mau contato ou fusíveis mal encaixados. O relé principal da injeção é um componente crítico.
Verificações recomendadas:
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Confirme se o relé está fechando corretamente ao ligar a ignição;
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Cheque se a ECU recebe os 12V necessários;
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Faça inspeção visual nos terminais e encaixe dos fusíveis.
Rede Multiplexada (CAN)
A linha Peugeot já utilizava rede multiplexada (CAN) mesmo nos modelos mais antigos. Falhas de comunicação entre ECU, painel e módulo BSI são comuns.
Possíveis causas:
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Falhas nos chicotes entre os módulos;
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Falta de terminação correta da rede;
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Conectores sujos ou danificados.
Sintomas:
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Falha de comunicação com o scanner;
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Luz de injeção acesa sem códigos consistentes;
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Comandos do painel não funcionam corretamente.
Dicas Práticas no uso do Esquema Elétrico
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Use o esquema elétrico para testar continuidade entre sensores e a ECU.
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Identifique os pinos exatos de alimentação, aterramento e sinal de cada componente.
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Ao substituir sensores, sempre limpe e verifique os conectores — muitos defeitos vêm daí.
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Ao fazer manutenção no chicote, isole corretamente os fios e evite emendas mal feitas.
O Peugeot 206 1.4 8V Flex com sistema Motronic ME 7.4.4 é um veículo eficiente, mas exige atenção redobrada no diagnóstico elétrico. Com um bom esquema elétrico e conhecimento dos componentes mais problemáticos, é possível resolver a maioria dos defeitos sem trocar peças à toa.
Se você trabalha com esse modelo ou tem um 206 em manutenção, salve este artigo e use-o como referência.
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